2004/07/13

Iraque pede colaboração da NATO para policiamento das fronteiras

Era este o título de uma notícia no Publico.

Parece-me que até o novo gorverno iraquiano, que foi nomeado pelos Estados Unidos, tem mais juízo do que a administração Bush. Era expectável que o governo Iraquiano tivesse dificuldades em criar a sua própria força militar e que a saída do exécito Americano se adiasse indefinidamente, prolongando a situação de ocupação, apesar de o governo já ter afirmado que os Estados Unidos estão no Iraque por convite... A ajuda militar é necessária e urgente, mas a quem recorrer?

À Liga Árabe? À União Europeia? À Russia? A quem? Nenhum destes candidatos parece uma boa solução para a geneticamente modificado Iraque pós-Sadam, nenhum lhe daria garantias de isenção e de eficácia. Mas a NATO tem assumido cada vez mais o papel de prestadora de serviços à ONU, portanto, tem legitimidade para operar num país soberano sem que independência desse país seja posta em causa. A maioria das tropas presentes neste momento no Iraque são da Nato, mas não têm mandato da ONU, agem na ilegalidade.

Quando o Iraque pede a intervenção da NATO é provável que esta peça autorização à ONU, é também provável que esta, por sua vez, dê à NATO um mandato para o Iraque. Desta forma a situação fica perfeitamente legitimada, o governo limitou-se a resolver um problema já existente, encerra definitivamente a situação de ocupação em que se encontra e ajuda o seu amigo George W. Bush.

Se houvessem decisões destas noutros locais do mundo...

O passo seguinte seria a entrada do Iraque na NATO, aí a Coligação poderia finalmente dizer que fez algo de positivo, pela paz no mundo.

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