2004/07/20

Diálogo com o Karpov

Na sequência do artigo do Karpov tenho a seguinte a acrescentar à reflexão elaborada por ele.

É bem verdade que o Eu é único, e que a arte é um esforço um Eu faz para comunicar as suas emoções e ideias a outros Eus, mas além disso cada eu é único no tempo. Ou seja, o que um indivíduo sente com 5 anos pode não ser sentido pelo mesmo indivíduo com 50 anos, logo são dois Eus associados ao mesmo ser.

Cada ser tem múltiplas realidades, múltiplos eus, ao longo do tempo. Com sentimentos e ideias únicas em cada momento. Na minha interpetração foi a constatação desta realidade que levou a que no Budismo se negue a existência de um Eu, seja na mesma vida, seja em várias vidas. O apego ao Eu pode ser uma fonte de sofrimento.

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