2004/07/23

A genética e as diferenças entre géneros

Faz parte do senso comum dizer que, ambos os géneros da espécie humana, têm uma predisposição genética que dita o comportamento em sociedade de cada um deles:
A mulher é mais frágil, mais submissa, mais emotiva, mais afectiva, etc.
O homem é mais forte, mais autoritário, menos emotivo, distante, etc.

Mas será que estas diferenças que observamos são ditadas pela genética?

Se uma rapariga bate com um joelho na perna da mesa quando se senta, é aceitável na nossa sociedade que ela chore, que se queixe durante cinco minutos, que faça caretas estranhas nos trinta segundos após o choque. Até se aceita que fique irascível e mal-humorada.

Se um rapaz bate com o joelho na perna de uma mesa quando se senta, nenhum desses comportamentos é aceitável, seriam alvo de crítica por parte dos outros, o único que é aceitável é dizer um palavrão, ou dizer “isto não é nada.” E nunca manifestar aquilo que está a sentir, sob pena de ser apontado como um elemento a excluir e em caso de persistência desse comportamento inaceitável ser efectivamente excluído.

Admitindo que essa rapariga e esse rapaz sentiram a dor com a mesma intensidade, a exigência que a sociedade faz em relação aos seus comportamentos é completamente diferente. Logo, cada um de nós foi moldado pela sociedade de acordo com o nosso género, para cumprir com o ideal que está enraizado na nossa cultura.

Será a genética que a ditar as diferenças, ou a mente de cada um de nós?

Sem comentários: