2005/06/23

O Mosh

Quando eu tinha vinte anos, há dez anos atrás, a ideia de mosh era diferente, mas hoje o termo mosh engloba o que na altura se chamava Slam ou Slam Dancing, Stage Diving e Crowd Surfing.

O Stage Diving é, tal como o nome indica, um salto do palco para o público. Idealmente o público deve amparar a queda da pessoa que salta, e este salto pode ser seguido de algum tempo de Crowd Surfing.

No Crowd Surfing há uma pessoa que é segura por vários membros do público e fica na horizontal acima das cabeças de quem suporta o surfista, o público deve ir passando essa pessoa para as mãos de outros até se chegar a uma das extremidades do mar de gente ou o surfista querer descer.

O Slam é um tipo de dança em que os dançarinos saltam e correm na direcção uns dos outros, normalmente com os braços flectidos e os cotovelos para fora para proteger o corpo, existe muito contacto físico entre os dançarinos que pode ser doloroso, dependendo do peso e velocidade dos praticantes. A correr e a saltar muda-se de direcção em consonância com a música, normalmente é formado um círculo em que as pessoas na sua orla não estão a moshar, e no centro mosha-se; a excitação de quem entra na roda sobe imediatamente e é uma actividade esgotante, tal como os desportos radicais é viciante.

Embora cada tipo de música possa ter regras específicas, existe um conjunto de regras universalmente aceites pelos praticantes de Slam:

1. Qualquer pessoa é aceite desde que respeite as regras do tipo de música.
2. Se alguém cair, parar imediatamente o mosh para retirar a pessoa da roda.
3. Anéis, pulseiras de bicos e outros objectos salientes não são aceites.
4. Pontapés e socos normalmente não são aceites (depende do tipo de música).
5. Quem está na orla da roda deve proteger quem está fora da roda.
6. Quem está na orla da roda deve deixar sair quem quiser sair.
7. Quem está na orla da roda deve empurrar para o centro da roda quem não quer sair.

Bibliografia: http://en.wikipedia.org/wiki/Mosh_pit

2005/06/18

Concerto

Ontem fui até ao pavilhão Atlântico para ser empurrado, pisado, molhado de cerveja, ouvir gritos aos ouvidos, saltar até me doerem as pernas, bater palmas até me doerem os braços, sentir o cheiro a suor de desconhecidos, gritar até ficar rouco e sair de lá quase surdo.

E paguei...

Mas vim para casa com um sorriso nos lábios e uma sensação de bem estar como não sentia há algum tempo. Agora que penso nisso, talvez fosse dos cigarros caseiros que toda a gente fumava...

Várias dezenas de milhar de pessoas foram comigo, todos aguardámos tranquilamente que os mestres chegassem ao palco para o seu número de magia. Com os seus instrumentos musicais conseguiram levar-nos a ter estes comportamentos estranhos e a suportar coisas que noutra situação consedaríamos intoleráveis, quando chegaram ao palco e começaram a fazer magia com os sons toda a audiência prestou tributo aos respeitáveis, e britânicos, membros do panteão do Heavy Metal:

Iron Maiden.


Nota:
Apreciei bastante o raspanete que o vocalista deu a algumas pessoas que começaram a "moshar" e acabaram por magoar uns incautos, se todos os músicos tivessem esse sentido de responsabilidade...

Nota 2:
Estou sempre pronto para o Mosh, mas sem magoar ninguém.

2005/06/14

Filosofia Budista II

"(...)modificar a mente(...)"

Sendo a nossa mente composta por vários pensamentos que são influenciados por ideias armazenadas na nossa memória, e tendo este pensamentos influência no nosso comportamento, para obter mudanças no nosso comportamento devemos modificar a nossa mente.

Devido ao nosso passado pessoal recebemos pensamentos do nosso inconsciente que podem ser negativo para nós e para outros, como o ódio, a sexualidade distorcida ou pensamentos violentos, esses pensamentos podem instalar-se na nossa mente e exercer grande pressão sobre a nossa consciência.

Devemos ser capazes de "limpar" a nossa mente a cada momento, retirando de lá todos os pensamentos negativos para nós ou para outros.

Por vezes há resistência a esta mudança usando como desculpa a ideia de que "eu sou sim", nada mais ilusório. Se tentarmos encontramo-nos o mais provável e não encontrar nada, porque nós não somos seres constantes e imutáveis, as nossas ideias mudam com o tempo. Podemos encontrar alguém que seja igual ao que já fomos, com as mesmas características e defeitos, e não sermos capazes de a suportar. O "eu" está em permanente mutação, a ilusão de uma identidade é um dos obstáculos à modificação, para melhor, da mente.

2005/06/06

Período de seca

Este Blog está a passar por um período de seca.

Imenso trabalho e um computador comatoso impedem-me de escrever.

A ver se chove...