A ideia de cidade na antiga Grécia era, pelo que os livros de história deixam entender, algo vagamente semelhante à nossa ideia de nação. As cidades eram pequenas, Atenas teria menos de 40.000 habitantes e muitas das cidades mais pequenas teriam 10.000 habitantes, dependiam dos terrenos de cultivo e das vias de comunicação nas suas proximidades e havia grande competência entre as cidades.
Em caso de necessidade, por exemplo um acontecimento que destruísse as colheitas, o roubo organizado era uma opção que não se podia ignorar. O exército de uma cidade poderia atacar as zonas mais desprotegidas de outra à procura de alimentos que lhes permitisse sobreviver. A cidade roubada não iria gostar, e pediria compensações, se não se chegasse a acordo iniciava-se a guerra, que culminaria com o ataque directo a uma das cidades.
Numa cidade estado não existiam exércitos organizados e profissionais, a economia e a dimensão das cidades não lhes permitia esse luxo, o exército era constituído por todos os homens livres da cidade, os cidadãos. Todos eles saíam para enfrentar o inimigo, lado a lado combatiam o inimigo da sua cidade.
Após uma batalha às portas da cidade, com as mulheres e crianças a verem desde as muralhas, os soldados vitoriosos eram recebidos em festa, apesar do luto pelos mortos, os vivos eram heróis que tinham protegido a cidade da pilhagem e da escravatura, que tinham protegido os templos dos seus deuses, que tinham garantido a protecção das sementeiras evitando a fome.
A cidade era uma ideia muito importante para um cidadão, ele é parte integrante dela, e ela é parte integrante dele. Deve protegê-la, estimá-la e cuidar dos edifícios, das pessoas, das estátuas, dos deuses, dos campos, dos animais, enfim da cidade. Além de com os seus concidadãos existirem ligações familiares, económicas e de amizade; existia ainda uma forte solidariedade entre aqueles que suavam e sangravam juntos.
2004/11/27
2004/11/21
Estrutura Social de Atenas
Na estrura social de Atenas encontramos os seguintes grupos:
Cidadãos eram todos os homens livres atenienses. Os seu filhos, as suas mulheres e os seus escravos não exerciam o poder. Os cidadãos estavam divididos em grupos, de acordo com os seus rendimentos:
- Mais de quinhentos dracmas: pentacosiomedimnos.
- Mais de trezentos dracmas: cavaleiros
- Mais de duzentos dracmas: zeugitas
- Menos de duzentos dracmas: tetas
Escravos, Atenas era, como todas as pólis gregas, uma cidade esclavagista. Os escravos não tinham direitos políticos e eram meras coisas que se possuíam. Tinham, no entanto, melhores condições de vida que noutras cidades, podendo ascender a um nível de vida superior aos teta.
Estrangeiros viviam na cidade e tinham liberdade de movimentos, mas não participavam no exercício do poder.
De um ponto de vista actual o sistema ateniense pode parecer estranho, uma vez que apenas os cidadãos, cerca de 10% da população total segundo algumas estimativas, detinham o poder; sendo acusados de serem uma aristocracia alargarda, em nada comparável às democracias actuais, no entanto na época destoava imenso das formas de governo autocráticas ou aristocráticas.
Para Atenas a igualdade era um ideal concretizada em três ideias, a Isegoria – a liberdade de expressão; a Isocracia – igualdade de acesso ao poder e a Isonomia – igualdade perante a lei.
Os adversários da democracia argumentavam que dar a todos os cidadãos acesso ao poder promovia a incompetência, por alguns dos cidadãos não terem preparação para o exercício de certos cargos. A solução encontrada por Atenas foi a mesma que a informática encontrou para alguns problemas, a redundância, praticamente todos os cargos eram ocupados por um número elevado de cidadãos.
Cidadãos eram todos os homens livres atenienses. Os seu filhos, as suas mulheres e os seus escravos não exerciam o poder. Os cidadãos estavam divididos em grupos, de acordo com os seus rendimentos:
- Mais de quinhentos dracmas: pentacosiomedimnos.
- Mais de trezentos dracmas: cavaleiros
- Mais de duzentos dracmas: zeugitas
- Menos de duzentos dracmas: tetas
Escravos, Atenas era, como todas as pólis gregas, uma cidade esclavagista. Os escravos não tinham direitos políticos e eram meras coisas que se possuíam. Tinham, no entanto, melhores condições de vida que noutras cidades, podendo ascender a um nível de vida superior aos teta.
Estrangeiros viviam na cidade e tinham liberdade de movimentos, mas não participavam no exercício do poder.
De um ponto de vista actual o sistema ateniense pode parecer estranho, uma vez que apenas os cidadãos, cerca de 10% da população total segundo algumas estimativas, detinham o poder; sendo acusados de serem uma aristocracia alargarda, em nada comparável às democracias actuais, no entanto na época destoava imenso das formas de governo autocráticas ou aristocráticas.
Para Atenas a igualdade era um ideal concretizada em três ideias, a Isegoria – a liberdade de expressão; a Isocracia – igualdade de acesso ao poder e a Isonomia – igualdade perante a lei.
Os adversários da democracia argumentavam que dar a todos os cidadãos acesso ao poder promovia a incompetência, por alguns dos cidadãos não terem preparação para o exercício de certos cargos. A solução encontrada por Atenas foi a mesma que a informática encontrou para alguns problemas, a redundância, praticamente todos os cargos eram ocupados por um número elevado de cidadãos.
2004/11/17
Literatura na antiguidade.
Acabei de fazer o meu exame de Civilizações Pré-Clássicas na Universidade Aberta. Ao estudar para ele encontrei algo que quero partilhar convosco, um poema de Amenófis IV, também conhecido como Akhenaton, dirigido à sua esposa Nefertiti:
"Aspiro o delicado hálito da tua boca.
Todos os dias admiro a tua beleza.
Desejo ardentemente escutar a tua doce voz,
mesmo quando tem a forma do vento do norte,
a fim de que os meus membros rejuvenesçam pelo teu amor.
Dá-me a mão e faz que eu receba o teu espírito
e que eu viva através dele.
Chama eternamente pelo meu nome
e ele jamais será esquecido."
Este poema foi escrito entre 1367 a.C. e 1333 a.C., datas prováveis do reinado de Amenófis IV.
Podem ver o lindo busto de Nefertiti: http://en.wikipedia.org/wiki/Nefertiti
"Aspiro o delicado hálito da tua boca.
Todos os dias admiro a tua beleza.
Desejo ardentemente escutar a tua doce voz,
mesmo quando tem a forma do vento do norte,
a fim de que os meus membros rejuvenesçam pelo teu amor.
Dá-me a mão e faz que eu receba o teu espírito
e que eu viva através dele.
Chama eternamente pelo meu nome
e ele jamais será esquecido."
Este poema foi escrito entre 1367 a.C. e 1333 a.C., datas prováveis do reinado de Amenófis IV.
Podem ver o lindo busto de Nefertiti: http://en.wikipedia.org/wiki/Nefertiti
Subscrever:
Mensagens (Atom)