2004/08/31

Hidrogénio vs. Petróleo

O petróleo, por ter tanto peso na economia, afecta de uma forma profunda a política, gerando algumas tensões e conflitos em todo o planeta. Mas já existem alternativas, principalmente na indústria automóvel, que poderão permitir uma mudança radical na forma como alguns países interagem.

O hidrogénio é um candidato a substituto do petróleo cada vez mais sério, na Califórnia vão-se instalar três postos de distribuição de para ser utilizado como combustível para veículos automóveis. Mais informação aqui: www.fuelcelltoday.com

Por outro lado a indústria automóvel também está a investir nesta tecnologia que permitirá substituir os combustíveis fósseis por outros mais baratos, mais amigos do ambiente e mais facilmente acessíveis a todos: Mazda

Dos vários tipos de postos que vão ser testados aquele que gera H2 in situ, através de electrólise de água, é o mais interessante. Esse só tem água no estado líquido, com riscos nulos de explosão do posto ou dos veículos de transporte, aumentando a segurança em relação aos hidrocarbonetos. O Hidrogénio é armazenado no estado gasoso no veículo em tanques pressurizados. O ideal seria a produção do gás dentro do veículo, reduzindo dessa forma os riscos de explosão do hidrogénio armazenado nos tanques.

O principio químico é este (em linguagem pseudo-cientifíca):

Electrólise:
(energia) + 2 H2O -> 2H2 + O2

Combustão:
2H2 + O2 -> 2 H2O + (energia)


2004/08/06

Sudão e o poder.

1 - O Sudão é um país que serviu de base a Bin Laden, onde ele tinha campos de treino e interesses económicos consideráveis, e onde durante alguns anos.

2 - Os Americanos consideraram, há alguns anos, justificável o bombardeamento de uma fábrica em território sudanês, por produzir armas químicas ou componentes para o seu fabrico.

3 - O governo sudanês protege com a sua inépcia as acções de grupos armados que atacam uma parte da população do seu país.

4 - O Sudão vive há anos uma guerra civil que provocou grande mortandade e várias crises humanitárias.

5 - As autoridades do Sudão demonstraram desrespeito pelas instituições internacionais, respondendo com ameaças às decisões emanadas da ONU.

Não foram estes argumentos os necessários para a intervenção Anglo-Americana no Iraque? Fico preocupado pela ambiguidade das regras que regem a actualidade, faz-me lembrar o tempo em que as leis não eram escritas e em que quem detinha o poder de julgar e penalizar acabava por deter todo o poder.

O que acontece em Darfur é inadmissível, é um crime público contra a humanidade, e faz falta um poder judicial com competência para acusar os responsáveis. Infelizmente os EUA são os maiores adversários do TPI, que tanta falta nos faz.

Não era suposto evitar que se repetisse o que aconteceu no Ruanda? Deve a Europa permitir que isto aconteça? Onde estão as forças de intervenção rápida? Se vamos ter uma super potência que de uma forma ou outra dominará o mundo, que seja uma com princípios. Criem a porra da Força de Intervenção Rápida da UE e ajam no Sudão, na Serra Leoa, na Colômbia, nas Filipinas, na Chechénia, na Libéria.

Devemos dar o exemplo da acção, mesmo que militar, mas dentro da legalidade através do TPI e da ONU.