Que alegria,
perdi-me.
Há muito que não ria,
então, de fora, vi-me.
Pensava-me diferente,
mas sou igual.
A unicidade da mente,
uma ilusão existencial.
Vi o Sofrimento.
Vi a sua fonte.
Vi o seu cessamento.
Caminhei para lá da fonte.
Olhei para nós,
não mais para mim,
ouvi a pura voz
que se ouve sem fim.
Mil braços se estenderão
sem nunca se cansarem
retirando-nos da escuridão.
Enquanto os grãos não cairem,
todos sem excepção,
não deixarão de existir.
2006/01/12
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